sexta-feira, 23 de março de 2012

Prefeitura intensifica combate à dengue no bairro Santa Maria



clique para ampliarAgentes de endemias eliminam foco do mosquito em reservatório de água (Fotos: Ascom/SMS)
clique para ampliarLavanderias são lugares de maior risco para o surgimento de larvas do mosquito da dengue
clique para ampliarReservatórios de água devem ser cobertos com telas
Nesta sexta-feira, 23, cerca de 30 agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estiveram no bairro Santa Maria, que fica na zona Sul da capital. Foram vistoriadas cerca de 700 imóveis, prevenindo e eliminando focos da dengue. A ação da força-tarefa contou com a participação da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), que recolheu entulho, pneus, garrafas e outros materiais que podem se transformar em criadouro para as larvas do mosquito da dengue.
As atividades marcam a continuidade do trabalho do Programa Municipal de Controle da Dengue, que é qualificado pelo Ministério da Saúde como um dos melhores do Brasil. Conforme o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de  2012,  o índice de infestação na capital reduziu de 1,7 para 1,5% nos últimos dois meses. Dez bairros foram classificados como de baixo risco e 28 bairros como de médio risco. O bairro Santa Maria foi o único classificado como área de alto risco na cidade.
“Mesmo com todas as ações realizadas pela Prefeitura, a comunidade precisa ter consciência da responsabilidade no combate à dengue. Afinal, de nada adianta a visita domiciliar dos agentes para a eliminação de focos quando os moradores não fazem a parte deles, mantendo os cuidados preventivos para deixar as casas livres do risco”, destaca o secretário municipal de Saúde, Silvio Santos.
O novo LIRAa ainda demonstra que o maior problema continua dentro das residências com os depósitos de água (lavanderias, caixas d’água, e tonéis), onde foram encontrados 68% dos focos do mosquito e os recipientes domésticos (vasos e pratos de plantas, ralos, lajes, sanitários em desuso) que apresentaram 28,1% dos focos encontrados.
Prevenção e combate
Durante as visitas domiciliares os agentes interagem com a comunidade e observam, principalmente, as condições em lavanderias, ralos, quintais, caixas d’água, e tonéis. “A principal recomendação passada é que os moradores devem cobrir ou telar os ralos e reservatórios de água, além de organizar as garrafas e outros recipientes sempre colocando-os de cabeça para baixo”, destaca a supervisora de área, Edjeane Scarlet. 
Edjeane reforça ainda, que as lavanderias devem ser lavadas pelo menos duas vezes na semana. O morador precisa escovar bem as bordas laterais, pois os ovos do mosquito são resistentes e grudam nesses locais.
Circulação de vírus
Em abril de 2011, a Vigilância Epidemiológica confirmou a circulação do vírus tipo 1 da dengue, que não circulava há 10 anos em Aracaju. Em fevereiro de 2012 foi notificada a circulação, desde novembro de 2011, do vírus tipo 4 da dengue em Aracaju, esse vírus não circulava há 28 anos no Brasil.  
“Mesmo assim, as ações contínuas e integradas com outros órgãos impediram que a doença atingisse um nível de epidemia. Não temos como impedir a entrada de vírus, em Aracaju nós recebemos muitos turistas e o aracajuano também viaja pelo país. O trabalho tem que continuar sendo feito. Mesmo com a entrada de novos vírus a população deve continuar adotando hábitos preventivos, pois o controle da dengue é uma responsabilidade de todos”, ressalta Taíse Cavalcante, coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue. 
Mutirão no sábado
As atividades de prevenção e combate da força-tarefa no bairro Santa Maria continuam até a manhã, 24, quando uma equipe de 50 agentes de endemias fará um mutirão para vistoriar mais 1.500 residências.

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