segunda-feira, 2 de janeiro de 2012


clique para ampliarPMA matém ações de controle e preveção a leishmaniose (Foto: Ascom/SMS)
De 2010 a 2011, a Prefeitura Municipal de Aracaju(PMA) reduziu de 41 para 25 o número de casos humanos de Leishmaniose Visceral (LV), confirmados laboratorialmente. Na capital sergipana, a queda de casos foi de 39%. A doença, mais conhecida como calazar, afeta o cão e o ser humano e é transmitida ao homem pela picada de mosquitos flebotomíneos.
As medidas de controle e prevenção da LV são realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e pelo Programa Municipal de Controle da Leishmaniose Visceral. O secretário municipal de Saúde, Silvio Santos, explica que a SMS mapeou as áreas de risco para nortear as ações preventivas e de controle da doença.
"Em 2011, além das atividades de rotina, intensificamos as ações de controle e de prevenção a Leishmaniose Visceral. Nos bairros afetados pela doença, os técnicos realizaram inquérito sorológico canino, eutanásia dos cães com leishmaniose visceral, levantamento entomológico, controle químico nos imóveis e educação em saúde", informa Silvio Santos.
Busca ativa
No ano passado, os técnicos da CCZ visitaram 27.412 mil prédios e 5.318 prédios com cães de 12 bairros da capital. Na busca ativa, a PMA registrou a ocorrência de 23 casos humanos de Leishmaniose Visceral. "Ainda em 2011, a PMA notificou 4.171 ambientes favoráveis ao vetor da LV nas localidades endêmicas, como quintais com bastante vegetação e criação de animais, terrenos baldios e lixo", conta a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da SMS, Taíse Cavalcante.
No controle químico da doença, o CCZ aplicou inseticida de poder residual em 1.072 prédios. Já com a aplicação de inseticida com a máquina de Ultra Baixo Volume, foram tratados 718 ambientes propícios ao mosquito vetor da doença. Ainda foram notificados proprietários de 348 cães afetados.
Pesquisa
Para detectar focos da doença, o CCZ realiza o Inquérito Sorológico Canino. "Nessa pesquisa, realizamos a coleta de sangue de todos os cães das áreas com ocorrência de casos humanos confirmados. O principal objetivo dessa investigação é o controle por meio da identificação de cães infectados, para a realização da eutanásia. A eutanásia é realizada seguindo as diretrizes do Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral do Ministério da Saúde", explica Paulo Tiago, coordenador do CCZ.
De acordo com Paulo Tiago, a metodologia utilizada para a realização do inquérito sorológico canino toma como base o quarteirão onde é confirmado o caso humano de leishmaniose visceral. "A partir desse quarteirão, delimitamos um raio de aproximadamente 500 metros e visitamos todos os prédios desta área com objetivo de coletar sangue dos cães existentes", conta.
Com os dados do Inquérito Sorológico Canino, nas buscas ativa e passiva, os 23 bairros visitados foram Soledade, Siqueira Campos, América, Cirurgia, Olaria, Novo Paraíso, Cidade Nova, Jardim Centenário, Suissa, Mosqueiro, Farolândia, Santos Dumont, Industrial, José Conrado de Araújo, Santo Antonio, Coroa do Meio, Getúlio Vargas, Loteamento Marivan (Santa Maria), 18 do Forte, Pereira Lobo, Jabotiana, Bugio, Ponto Novo, Aeroporto, Centro, São Conrado, Luzia, Palestina, Atalaia e Porto Dantas.
Casos confirmados
No período de 2006 a 2010, nos bairros citados acima, a PMA confirmou casos humanos de LV, exceto no bairro Atalaia. "Porém, no ano de 2011, foram confirmados casos humanos de leishmaniose visceral nos bairros Soledade, Siqueira Campos, América, Cirurgia, Olaria, Novo Paraíso, Cidade Nova, Jardim Centenário, Suissa, Mosqueiro, Farolândia, Santos Dumont, Industrial e José Conrado de Araújo", destaca Taíse Cavalcante, afirmando que em 2011, a PMA priorizou as ações de prevenção e controle da doença nesses 23 bairros, dado a confirmação recente dos casos humanos.
Educação em saúde
Segundo o coordenador do CCZ, Paulo Tiago, o inseto que transmite a doença do cão para o homem se desenvolve em material orgânico em decomposição, acumulado nos quintais, terrenos baldios e outros. "Por isso, buscamos apoio da população, com um trabalho permanente de educação em saúde. Ano passado, a SMS realizou também cursos de sensibilização com os profissionais para repassarem orientações às comunidades de áreas vulneráveis à leishmaniose, para que elas levem os seus cães para fazer exames laboratoriais e mantenham seus quintais e terrenos baldios limpos, evitando com isso a procriação do inseto", destaca Paulo Tiago.
Nas áreas onde há a permanência da doença, Paulo Tiago informa que onde existe o número alto de cães não examinados é em casas fechadas ou em locais com a não aceitação por parte do proprietário do animal.
 

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