quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Silvio Santos se despede de Seixas Dória




clique para ampliarParentes, amigos e autoridades prestaram suas homenagens (Fotos: André Moreira)
clique para ampliarVelório aconteceu no Palácio-Museu Olímpio Campos
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clique para ampliarRepresentando o prefeito Edvaldo Nogueira, Silvio Santos deu o último adeus ao ex-governador Seixas Dória
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Familiares, amigos e autoridades políticas prestaram as últimas homenagens ao ex-governador de Sergipe, João Seixas Dória, que faleceu na noite desta terça-feira, 31. Aos 94 anos, o propriense lutava bravamente pela vida, desde que foi vítima de um Acidente Vascular Cerebral há cerca de um ano. O velório do ex-governador aconteceu no Museu do Palácio Olímpio Campos, antiga residência oficial dos chefes do Executivo do Estado, e que marcou simbolicamente o governo de Seixas Dória, quando ele recebeu a ordem de deixar o comando do Estado por imposição dos militares durante a ditadura.
clique para ampliarImensas coroas de flores desciam a escadaria do Palácio do Museu e adornavam toda a entrada do local. A bandeira de Sergipe envolvia o caixão do ex-governador, que já foi condecorado com a Ordem do Mérito Nacional pelo então presidente da época, Luís Inácio Lula da Silva. Durante a cerimônia de homenagens, o vice-prefeito de Aracaju, Silvio Santos, lembrou da grande representatividade política de Seixas Dória, considerado como um dos grandes ícones da política nacional.
"Nós sergipanos estamos de luto pela morte de Seixas Dória. Ele era um ícone da política local e toda classe sofre com a grande perda dessa célebre figura, que já nos representou no Congresso Nacional, como deputado federal, além de ter sido eleito governador de forma democrática pelo povo. Ele nos fará muita falta, mas sua história é um grande exemplo para os cidadãos que desejem se espelhar no seu idealismo e resistência política", afirma Silvio Santos.
Ainda na cerimônia de condolências, o governador do Estado, Marcelo Déda, lembrou da grande importância de Seixas Dória para a história política brasileira. "Ele é símbolo da luta contra a ditadura pela sua brava resistência contra o regime opressor e por defender a democracia. Despeço-me dizendo que ele era um pequeno homem, mas com oratória brilhante, uma impetuosidade e sagacidade que deixavam a todos impressionados. Ele era referência nas principais solenidades políticas, nos periódicos especializados e um grande representante da luta pelas reformas de base nesse país. Ele não precisou sair da vida para entrar na história, pois ele já estava nela pela sua incrível trajetória e glorioso idealismo político", defende o governador durante emocionante discurso a todos os presentes.    
 O vice-governador do Estado, Jackson Barreto, pontuou a grande coerência política que permeou a trajetória de Seixas Dória, que foi considerado um árduo defensor da soberania nacional e do domínio da democracia, mesmo no contexto político ditatorial que o Brasil vivia na década de 60. "Acima de tudo, ele foi um homem coerente na defesa dos seus ideais. Atuou de forma brilhante, um excelente articulador político e que defendia as reformas de base. Pagou um alto preço por esse idealismo revolucionário e nos deixa uma grande lição de ética e compromisso com sua postura ideológica e sua defesa pela soberania nacional", diz o vice-governador.   
Trajetória
clique para ampliarEm 1947, Seixas Dória começou a sua carreira política, mas somente em 1951 ele assume o mandato de deputado estadual. Em 1962 foi eleito governador do Estado, obtendo uma vitória de nove mil votos, considerada a maior de todas as eleições estaduais desde 1946. Mesmo governando Sergipe por pouco tempo, Seixas Dória empreendeu uma política governista marcada por viagens e diversas ações administrativas, como a instalação do Banco do Estado e a construção do conjunto residencial Cidade dos Funcionários. Empolgado com as campanhas pela Reforma de Base nacional, ele foi um oradores do comício da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, episódio que marcou a insatisfação do comando militar na deposição de João Goulart, último presidente civil antes do regime militar.   
clique para ampliar Em abril de 1964, Seixas Dória foi deposto do cargo de governador e logo em seguida preso. Permaneceu exilado na ilha de Fernando de Noronha, em companhia do ex-governandor de Pernambuco, Miguel Arraes. Com os direitos políticos suspensos, o ex-governador só voltou à política em 1982, quando se candidatou ao cargo de deputado federal, mas ficou como suplente do cargo e por um breve período de tempo assume a cadeira no Congresso Nacional. Em 1986, assume a posição de Assessor Especial da Presidência, durante o governo do ex-presidente José Sarney. Em 2006, atuou em apoio à candidatura de Marcelo Déda, que conquista a eleição para o cargo de governador nesse ano.  
Presenças
clique para ampliarOs governadores do estado de Alagoas e Pernambuco, o senador José Sarney e diversos políticos em Brasília prestaram condolências à família de Seixas Dória, através de mensagens de apoio transmitidas pelo governador Marcelo Déda. Os préstimos aos familiares também foram realizados pessoalmente por outras autoridades políticas, como os parlamentares Emmanuel Nascimento, Nitinho, Miriam Ribeiro; o secretário municipal de Assistência Social, Bosco Rolemberg; a deputada estadual, Angélica Guimarães; o secretário-chefe da Casa Civil, Jorge Alberto; o senador Almeida Lima; o ex-governador de Sergipe, João Alves Filho; o deputado federal, Valadares Filho.

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