Direitos sexuais e reprodutivos são temas de capacitação

Coordenadora do Programa Saúde da Mulher, Ana Carolina de Paula (Fotos: Ascom/SMS)

Ginecologista George Correa é um dos facilitadores da Oficina de Planejamento Familiar

Médicos da Rede de Atenção Primária participam de atualização

Nesta quarta-feira, dia 8, grupos de médicos que atuam nas Unidades de Saúde da Família(USFs) da Prefeitura de Aracaju participaram da capacitação sobre direitos sexuais e reprodutivos, focados no planejamento familiar.

“O nosso objetivo maior é sensibilizar os profissionais da Rede Primária de Saúde quanto à importância do Planejamento Familiar para a identificação dos grupos de mulheres com maior risco gestacional”, destaca a coordenadora do Programa Saúde da Mulher, Ana Carolina de Paula. 

No final do ano passado, a mesma atualização foi feita para as gerentes e assistentes sociais de todas as 43 USFs. “Também foram capacitados as auxiliares de enfermagem do Projeto Corujinha e os profissionais da Rede Cegonha e da Rede Especializada. Este ano, serão capacitadas as enfermeiras da rede. Temos incentivado os cursos de capacitação e atualização para melhoria constante na prestação de serviço”, afirma o secretário municipal de Saúde, Silvio Santos.

Segundo o facilitador da oficina, o ginecologista-obstetra da PMA, George Correa, durante a capacitação foram abordados assuntos sobre a necessidade do conhecimento dos direitos sexuais e reprodutivos e a utilização de métodos anticoncepcionais. “Os profissionais da Saúde devem ajudar na orientação para os cuidados com o aparelho genital e para a educação sexual entre os usuários”, disse. 

Oferta

Dos anticonceptivos, a partir da Unidade de Saúde da Família, a PMA oferta gratuitamente as seguintes opções de métodos para a população aracajuana: de barreiras, os preservativos; métodos hormonais, anticoncepcionais orais e injetáveis; Dispositivo Intra-Uterino (DIU) e métodos cirúrgicos definitivos (laqueadura e vasectomia). Além desses métodos, a SMS também oferta o anticoncepcional de emergência, mais conhecida como a pílula do dia seguinte. “A população precisa procurar a unidade de saúde para a utilização de anticoncepcionais, porque se trata de medicação”, alerta a coordenadora Vigilância em Saúde, Cristiane Ludimila.

Protocolos

George Correa que também é plantonista da maternidade de alto risco, Nossa Senhora de Lourdes, chamou a atenção para o protocolo do Planejamento Familiar, determinado pelo Ministério da Saúde.

“Para a oferta e a adesão aos métodos irreversíveis, como ligadura de trompas e vasectomia, as unidades de saúde devem seguir o protocolo do Planejamento Familiar, que exige a assinatura da solicitação por parte do usuário e a garantia de consultas com a equipe de saúde, formada por enfermeiro, assistente social e psicólogo. O protocolo ainda estabelece para o usuário um prazo de 60 após a solicitação para confirmação do pedido. Para esses métodos, o usuário deve ter a idade mínima de 25 anos e ter no mínimo dois filhos. O protocolo prevê ainda a liberação do método irreversível para mulheres que apresentem risco de morte para a gestação.