quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012



Saúde se reúne com Ministério para debater meningite

clique para ampliarReunião aconteceu na Secretaria Estadual da Saúde (Foto: Ascom/SMS)
Técnicos da Coordenação da Vigilância Epidemiológica de Aracaju participaram hoje pela manhã de uma reunião com  técnicos da Vigilância Epidemiológica Estadual, coordenação de Imunização, coordenação das Meningites e a representante do Ministério da Saúde, Camila Portela. Eles avaliaram os casos de meningite notificados no início deste ano tanto em Aracaju quanto nas outras cidades de Sergipe.

Os casos foram avaliados um a um para verificar vínculos entre eles na capital e se há ligação entre os casos de Aracaju com os do interior. "A avaliação foi detalhada. Discutimos desde a data dos primeiros sintomas, data da notificação, investigação epidemiológica, administração de medicamentos até o bloqueio de casos para evitar que outras pessoas sejam contaminadas", explica Taise Cavalcante, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Aracaju.

Este ano, Aracaju notificou cinco casos de meningite, sendo três confirmados como tipo C da doença por laboratório. Esta é a forma mais grave da doença.

"Estudos mostram que 10% da população possui a bactéria na nasofaringe sem desenvolver a doença, mas passando para outras pessoas. Lembrando que, para esta transmissão, a pessoa precisa ter um contato de pelo menos 4 horas por dia, seja em casa ou no trabalho. Baseado nisso é que é feita a quimioprofilaxia",  esclarece Taise Cavalcante.

"A condução do trabalho das Vigilâncias Epidemiológicas, tanto do Estado quanto dos municípios foi muito bem feita, já que até o momento não houve registro de casos secundários", afirmou Camila Portela, do Ministério da Saúde.

Para a Vigilância Epidemiológica, os casos notificados no bairro 18 do Forte foram pontuais e não houve a contaminação de terceiros porque os sintomas da última notificação começaram no dia 29 de janeiro e passados os 10 dias de incubação, não houve registros de novos casos na localidade.

"A situação agora será avaliada em Brasília pelo Ministério da Saúde, que irá orientar se há necessidade de novos procedimentos", conclui Taise Cavalcante.

A Vacina

Assim como qualquer outra vacina oferecida no calendário vacinal do Ministério da Saúde, a de meningite também é porta aberta. Começou a ser oferecida em 2010 e é destinada à vacinação de crianças menores de um ano, da seguinte forma: primeira dose aos três meses de idade, segunda dose aos cinco meses e o reforço com 1 ano e três meses de idade. Sem ser necessário agendamento.

A Vigilância Epidemiológica de Aracaju esclarece que o medicamento antibiótico usado na quimioprofilaxia da meningite (Rifampicina) é específico para este uso. O estoque da Vigilância Epidemiológica é feito pela Coordenação Estadual das Meningites e de acordo com os casos notificados.

A Meningite

O termo Meningite expressa a ocorrência de processo inflamatório das meninges (membranas que recobrem e protegem o cérebro e a medula espinhal). A doença pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos, dentre outros, e adicionalmente também podem ser provocadas por processos não-infecciosos. A meningite é considerada uma doença endêmica, por isso espera-se a ocorrência de casos da doença durante todo o ano.

Em geral a transmissão dos agentes bacterianos é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe, havendo necessidade de contato íntimo (residentes da mesma casa, colega de dormitório ou alojamento) ou contato direto com as secreções respiratórias do paciente.

Indivíduos de qualquer idade são suscetíveis às meningites, entretanto, o grupo etário de maior risco para adoecimento é o de crianças menores de cinco anos.

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