Saúde Aracaju intensifica notificações de casos da dengue

Cem por cento dos focos do mosquito estão nas residências (Fotos: Ascom/SMS)

As 43 Unidades de Saúde de Aracaju realizam o exame de sangue para os casos suspeitos de dengue

Apesar de estar sob controle, com o índice de infestação que vem caindo ano a ano, Aracaju vem ampliando e agilizando a identificação de casos de suspeita de dengue, facilitando o diagnóstico e evitando óbitos. O Ministério da Saúde determina que todo paciente que apresente febre e mais dois sintomas da dengue seja notificado e tratado como dengue, independentemente da confirmação. Em Aracaju basta o paciente apresentar dois sintomas da doença, que já é notificado e tratado como dengue. É o reforço à prevenção.

“Quando os profissionais de saúde identificam no paciente os sintomas da doença, porém não conseguem realizar o exame de sangue, seja porque o paciente não retornou à unidade de atendimento ou porque se recusa a fazer, mesmo assim os casos são notificados como dengue e todo trabalho de prevenção e tratamento é realizado na localidade”, afirma Taíse Cavalcante, coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue.

A Secretaria Municipal de Saúde capacitou toda a rede de atenção à saúde, para melhor atender pacientes com dengue. “Todos os profissionais das 43 Unidades de Saúde da Família foram preparados para identificar e tratar, com mais agilidade, os pacientes com suspeita da doença. As capacitações e orientações realizadas pela Secretaria visam à diminuição de casos com complicações e óbitos”, reforça Silvio Santos, secretário municipal de Saúde.

Após a realização, a Unidade de Resposta Rápida da Secretaria entrega o resultado do exame, e caso apresente alteração avalia o paciente em sua residência, observando a necessidade ou não do internamento.

Conscientização

Para Taíse Cavalcante, a população tem que ter consciência do seu papel no controle da dengue. “Os últimos Levantamentos do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) mostraram que 100% dos focos do mosquito estão nas residências. O alerta para a população é quanto aos locais que acumulam água limpa e parada, que são os ambientes perfeitos para o desenvolvimento do mosquito”, explica a coordenadora.

Trabalho

Durante todo o ano, a Secretaria Municipal de Saúde, realiza por meio das ações da força-tarefa, em parceria com Emsurb e Emurb, de quarta a sábado, das 8h às 17 horas. Além disso, são desenvolvidas outras ações como a coleta de pneus de segunda a sexta, visitas domiciliares, bloqueio de casos e os Levantamentos do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa).

“O Ministério da Saúde determina aos municípios, que sejam realizados anualmente quatro LIRAas. Em Aracaju são realizados seis. É por meio dos resultados desses levantamentos que são definidos os trabalhos do Programa Municipal de Controle da Dengue. Em 2011, todos os LIRAas demonstraram que os focos do mosquito se encontram nas residências. A sociedade tem que se conscientizar de seu papel e saber que é peça fundamental no controle da dengue”, ressalta Silvio Santos, secretário municipal de Saúde.

De acordo com a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Taíse Cavalcante, Aracaju está em uma situação de alerta, porém sob controle devido ao trabalho que vem sendo realizado.

“Outra ação extra, realizada pelo Programa, são as visitas da força-tarefa aos sábados. A ação possibilita que mais casas sejam visitadas já que, durante a semana, moradores saem para trabalhar e não é possível realizar a vistoria da residência. Todo esse trabalho é realizado de forma intersetorial, com a atuação em conjunto de vários órgãos públicos, a exemplo da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) e a Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb)”, explica a coordenadora.

Bloqueio de casos

É uma ação padronizada nacionalmente, pelo Ministério da Saúde, onde é utilizado o fumacê costal, no raio de atuação de até 150 metros do provável local de infecção.

“Nessa situação Aracaju também realiza o trabalho mais ampliado. O bloqueio é feito em um raio de 300 metros, duas vezes mais do que determina o Ministério da Saúde. Diminuindo a possibilidade de casos de dengue naquela localidade. É feito ainda o tratamento focal, ou seja, a busca e a eliminação de focos da larva do mosquito”, explica Taíse Cavalcante.