A descoberta - Oswald de Andrade
Seguimos nosso caminho por este mar de longo
Até a oitava da Páscoa
Topamos aves
E houvemos vista de terra
os selvagens
Mostraram-lhes uma galinha
Quase haviam medo dela
E não queriam por a mão
E depois a tomaram como espantados
primeiro chá
Depois de dançarem
Diogo Dias
Fez o salto real
as meninas da gare
Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis
Com cabelos mui pretos pelas espáduas
E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas
Que de nós as muito bem olharmos
Não tínhamos nenhuma vergonha
José Oswald de Sousa de Andrade Nogueira (São Paulo 11 de janeiro de 1890 - São Paulo 22 de outubro de 1954) - Foi escritor, ensaísta, dramaturgo e poeta. Figura central no Modernismo Brasileiro, foi o autor do Manifesto da Poesia Pau-Brasil e do Manifesto Antropofágico. Publicou em poesia: Pau-Brasil (1926), Primeiro Caderno do Aluno de Poesia Oswald de Andrade (1927), Cânticos dos Pânticos da Flauta e Violão (1945), O Escaravelho de Ouro (1945), O Cavalo Azul (1947) e Manhã (1947).
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