segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ministro da Saúde visita Aracaju para discutir o controle da dengue em Sergipe

Silvio Santos recepcionou o ministro no
aeroporto Santa Maria

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve em Aracaju no último sábado, 12, para discutir o controle da dengue em Sergipe.O encontro aconteceu no Hotel Mercure e contou com a presença do governador Marcelo Déda, do prefeito Edvaldo Nogueira, do vice-prefeito e secretário Municipal de Saúde, Silvio Santos, além de senadores, deputados, vereadores, secretários do estado e dos municípios, profissionais da saúde e prefeitos.

Em seu discurso, o prefeito de Aracaju relembrou o surto de dengue ocorrido em 2008 na capital, frisando que a diminuição dos índices que aconteceu nos anos seguintes é resultado do trabalho coletivo das várias instâncias governamentais. "O êxito que temos hoje no combate à dengue se deve à soma de esforços entre a Prefeitura de Aracaju, o Governo do Estado e o Governo Federal. A tarefa de combater a dengue é uma tarefa de todos nós", comentou.

O prefeito ressaltou ainda a responsabilidade de cada um no combate ao mosquito transmissor da doença. "A sociedade precisa fazer a sua parte, que é cuidar das residências. Mesmo que em comparação a 2008 tenhamos diminuído os índices em 90%, a luta contra a dengue é a longo prazo, e todo ano temos que vencer uma batalha. Por isso, temos que continuar realizando o trabalho que estamos fazendo sempre", disse.

Participação

Para o ministro Alexandre Padilha, a participação das lideranças é fundamental para um trabalho efetivo no combate à doença. "Quando eu vim para Sergipe hoje, num sábado pela manhã, eu não imaginava que teríamos uma reunião com a qualidade política e de lideranças que estamos tendo aqui. Para mim, como ministro da Saúde, é quase como um gesto de conforto, saber que Sergipe inteiro está contra a dengue, e vai unir esforços para combater essa epidemia", destacou.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Silvio Santos, a vinda do ministro é de extrema importância para fortalecer o comprometimento de todos os atores que devem mobilizar equipes, informar a sociedade e criar uma ampla mobilização para enfrentrar o Aedes aegypti, principalmente nesse período suscetível à proliferação do mosquito.

"É importante que todos trabalhem em conjunto para um combate mais sistemático, mais efetivo e evitarmos que este estado de alerta se transforme num risco concreto, ou seja numa epidemia. A visita do ministro chama a atenção de todos e reforça a necessidade
desse combate  ser feito com muita eficiência e eficácia", disse Silvio Santos.

O governador Marcelo Déda lembrou a importância das ações preventivas no combate a uma nova epidemia. "A dengue tem um grande perigo, que é vencê-la um ano e relaxar no ano seguinte. É preciso se manter mobilizado de forma constante e permanente, e é isso que nós estamos fazendo. Este ano já estamos com toda a estrutura lançada, já fizemos reuniões com os prefeitos, estamos atuando em parceria com os municípios para combater os focos e ajudar as prefeituras a reagir a qualquer risco da retomada da epidemia", garantiu.

Risco

No dia 11 de fevereiro, o Ministério da Saúde divulgou o mapa de risco da dengue, apresentando os estados com maior probabilidade de ter epidemia da doença. Sergipe está entre os 16 estados apontados como risco muito alto de enfrentar um novo surto. Isso não significa, no entanto, que haverá um aumento do número de casos. Os índices servem para que os estados fiquem em alerta, e tomem medidas preventivas para combater os possíveis casos de dengue.

"A classificação tem haver com a presença de mosquito, e outros fatores referentes à população. Não significa que haverá um surto de dengue. Não é uma epidemia, e sim um risco. Indicamos que um estado é de alto risco para que eles possam se mobilizar antes. Prevenir é mais barato que remediar", frisa o ministro da saúde.

Em Aracaju, a situação é de tranquilidade. A política municipal de combate à dengue vem conquistando importantes resultados a partir de 2008: conseguiu reduzir em 50,21% o número de casos notificados de 2010 em relação a 2009 e chegou ao menor índice dos últimos quatro anos. O primeiro Lira de 2011 apontou que houve redução de 25% na infestação predial entre outubro de 2010 e janeiro de 2011.

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